terça-feira, fevereiro 20, 2007

poema a pedido

na apresentação do livro “No Reino da Dinamarca” de Alexandre O’Neill, Jorge de Sena disse, “a sua poesia (…) será tudo menos poesia”
claro que não é, o livro é exactamente o que ele escreve no primeiro poema.



Neste espaço a si próprio condenado
Dum momento para o outro pode entrar
Um pássaro que levante o céu
E sustente o olhar
… … … … … … … … … … … … …
Com a tristeza acender a alegria
Com a miséria atear a felicidade
E no céu inocente da visão
Fazer pulsar um pássaro por vir
Fazer voar um novo coração